
Beatriz Monteiro Silva é uma das vozes mais respeitadas do jornalismo de investigação em Portugal. Formada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, concluiu um mestrado em Jornalismo de Dados na London School of Economics, onde aprofundou competências em análise estatística, visualização de dados e verificação de factos avançada. Com fluência em português, inglês e espanhol, Beatriz alia técnicas clássicas de reportagem de campo a metodologias digitais de rastreio de informações, garantindo rigor e profundidade em cada matéria.
Iniciou a carreira na redação da Gazeta Lusitana, onde coordenou a cobertura de grandes eventos políticos nacionais, como as eleições legislativas de 2015 e o processo de revisão da Constituição em 2016. Em 2017, integrou a equipa de Jornal do Tejo, colaborando ainda com o jornal O Regional (Madrid) em projetos de cross-border reporting sobre corrupção na Península Ibérica. Em 2018, mudou-se para o Correio Bávaro em Munique como correspondente freelancer, onde realizou séries de reportagens sobre a crise migratória no Mediterrâneo e o impacto das políticas económicas alemãs no Sul da Europa.
Em 2020, foi convidada a liderar a equipa de investigação da Aurora Matinal, onde desenvolveu projetos multiplataforma: podcasts de entrevistas com especialistas em limpeza de dados e uma newsletter semanal sobre transparência governamental. Entre 2021 e 2023, colaborou com a agência NovaPress Agency em Bruxelas, produzindo matérias exclusivas sobre a tramitação de normas europeias de proteção de dados (GDPR) e expondo falhas em contratos públicos de fornecimento hospitalar durante a pandemia de COVID-19.
Na DeepReportNews.com, Beatriz dedica-se a grandes reportagens de investigação internacional. Entre os destaques do seu portefólio estão:
“Operação Eufrates” (2022): estudo detalhado sobre o financiamento oculto de grupos extremistas no Norte de África, publicado simultaneamente em cinco línguas.
“Rastros de Petróleo” (2023): investigação sobre derrames em oleodutos na Rússia e seus efeitos transfronteiriços, com base em imagens de satélite e entrevistas a engenheiros ambientais.
“Transparência em Xeque” (2024): série sobre contratos públicos em Portugal e Espanha, confrontando dados oficiais com testemunhos de denunciantes.
Reconhecida pela sua capacidade de estruturar narrativas complexas de forma acessível, Beatriz ganhou o Prémio Gazeta de Jornalismo de Investigação (2023) e foi finalista do European Press Prize (2024). No seu trabalho, combina fontes on-the-ground, scraping de bases de dados públicas e análise de documentos confidenciais, sempre com atenção à proteção de denunciantes.