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Antidepressivos podem agravar declínio cognitivo em doentes com demência, alerta estudo

Investigação sueca aponta que certos antidepressivos, especialmente ISRS, estão associados a uma progressão mais rápida da demência, exigindo cautela na prescrição para idosos.

Sofia Ribeiro Almeida Sofia Ribeiro Almeida Jornalista de Tecnologia, Ciência, Saúde, Meio Ambiente e Clima | Porttugal
8 Minutos
2025-05-17 18:04:00
Antidepressivos podem agravar declínio cognitivo em doentes com demência, alerta estudo

Antidepressivos e Demência: Uma Relação Preocupante

Um estudo recente conduzido pelo Instituto Karolinska, na Suécia, trouxe à tona uma preocupação significativa: o uso de certos antidepressivos pode acelerar o declínio cognitivo em pacientes com demência. A pesquisa, publicada na revista científica BMC Medicine, analisou dados de 18.740 pacientes diagnosticados com demência entre 2007 e 2018. Os resultados indicam que os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), uma classe comum de antidepressivos, estão associados a uma progressão mais rápida da doença, especialmente em homens.

Os ISRS, incluindo medicamentos como escitalopram, citalopram e sertralina, são frequentemente prescritos para tratar sintomas depressivos em pacientes com demência. No entanto, o estudo observou que doses mais elevadas desses medicamentos correlacionam-se com um risco aumentado de desenvolver demência grave. Além disso, pacientes que utilizaram ISRS apresentaram maior incidência de fraturas e mortalidade geral.

Implicações para a Prática Clínica

A descoberta levanta questões importantes sobre a prescrição de antidepressivos para idosos com demência. Especialistas enfatizam que, embora os sintomas depressivos devam ser tratados, é crucial avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios dos medicamentos utilizados. A depressão não tratada pode ter efeitos negativos significativos, mas o uso indiscriminado de antidepressivos pode agravar o declínio cognitivo.

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Alternativas e Abordagens Complementares

Diante dos riscos associados aos antidepressivos, abordagens não farmacológicas ganham destaque. Intervenções como terapia de estimulação cognitiva, atividades físicas regulares, alimentação equilibrada e suporte psicossocial têm mostrado eficácia na melhoria da qualidade de vida de pacientes com demência. Além disso, estudos indicam que fatores como educação contínua, controle da hipertensão e obesidade, e manutenção de atividades sociais podem reduzir significativamente o risco de desenvolvimento de demência.

Contexto em Portugal

Em Portugal, estima-se que cerca de 200 mil pessoas vivam com demência, sendo a doença de Alzheimer responsável por 60 a 70% dos casos. Com o envelhecimento da população, espera-se um aumento desses números nos próximos anos. Portanto, é essencial que profissionais de saúde estejam atentos às melhores práticas no tratamento e prevenção da demência, considerando tanto intervenções farmacológicas quanto não farmacológicas.