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Riscos do Anisole nos Alimentos: O que Sabemos e Como Evitar

O anisole, um éter aromático usado como agente aromatizante, tem gerado preocupações mundiais. Saiba quais alimentos o contêm, seus possíveis efeitos na saúde e como diferentes países, incluindo Portugal, Estados Unidos e União Europeia, abordam este aditivo.

Sofia Ribeiro Almeida Sofia Ribeiro Almeida Jornalista de Tecnologia, Ciência, Saúde, Meio Ambiente e Clima | Porttugal
4 Minutos
2025-06-30 16:03:00
Riscos do Anisole nos Alimentos: O que Sabemos e Como Evitar

Origem e Finalidade do Uso de Anisole nos Alimentos

O anisole, também conhecido como metoxibenzeno (CAS 100-66-3), é um éter aromático de fórmula C₇H₈O que exala um aroma a anis de sabor doce. Na indústria alimentar, serve sobretudo como agente aromatizante ou adjuvante, conferindo notas de anis em rebuçados, licores e gelados. Nos Estados Unidos, o FDA inclui o anisole na lista de substâncias permitidas em 21 CFR 172.515, sob o nome EAFUS – Substances Added to Food, tendo-lhe sido atribuído o FEMA No. 2097 e o JECFA No. 1241.

A nível global, o Comité Conjunto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA) avaliou o anisole em 2003, concluindo que “não há preocupação de segurança nos níveis atuais de consumo quando usado como agente aromatizante”. Em 2008, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) enquadrou-o no Grupo de Éteres Aromáticos (CG 26), autorizando vários derivados de anisole nas suas Fichas de Avaliação de Aromatizantes (FGE 23 Rev.1).

Efeitos e Riscos para a Saúde Humana

Embora o anisole tenha baixa toxicidade crónica quando usado conforme as boas práticas industriais, em contacto direto pode provocar irritação cutânea e ocular e, em altas doses, depressão do sistema nervoso central. Estudos de toxicidade aguda indicam uma DL₅₀ oral em ratos de cerca de 3 700 mg/kg, classificando-o como de baixa perigosidade, mas não isento de risco para o consumidor em exposições exageradas.

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Por outro lado, sabe-se que substâncias aromáticas voláteis podem atuar como sensibilizantes respiratórios — embora não haja relatos de alergias graves associadas ao anisole especificamente, não é por acaso que as fichas de segurança recomendam manuseio em ambiente ventilado e uso de equipamento de proteção em fábrica. A autoridade JECFA salienta, porém, que ao nível de traços em alimentos, o risco é considerado negligenciável.

Regulação Global: EUA, UE, Mercosul e Ásia

Estados Unidos: O anisole é considerado GRAS (Generally Recognized as Safe) pelo FDA e listado no EAFUS, sem restrições de quantidade desde a publicação do CFR 172.515.
União Europeia: Integrado no Regulamento (CE) 1334/2008 sobre aromatizantes, o anisole e seus derivados são aprovados conforme as Avaliações FGE 23 e CG 26 da EFSA desde 2009.
Mercosul: Países como Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai seguem o Codex Alimentarius (CODEX STAN 192) e as decisões do JECFA para aromatizantes, incluindo anisole, não havendo proibições nacionais específicas nem limites diferentes dos internacionais.
Ásia: Japão e Coreia do Sul mantêm listas positivas de aromatizantes alinhadas com o JECFA, permitindo o uso de anisole em diversas categorias sem restrições adicionais.

Entretanto, no Texas, o Projeto de Lei 25 (SB 25) — apelidado de “Make Texas Healthy Again” — inclui o anisole entre os >40 ingredientes que exigirão rótulo de advertência em produtos embalados comercializados após 1 de janeiro de 2027, aguardando a assinatura do governador desde 1 de junho de 2025.

Presença em Alimentos Disponíveis em Portugal

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Em Portugal, encontrará anisole sobretudo em: